quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Você e o seu sorriso!



É tudo que eu preciso neste momento. E pouco me importo com o que está por vir.
Para mim, basta apenas ver você sorrir.

       E você sorri com aquele sorriso de quem faz força para ficar sério e não consegue. Até porque você sorri enquanto fala, e nem sabe que sorri e, no fundo, se soubesse ficaria sem jeito. Pararia, a mesa nos separando. E, com o tom de voz mais sério que tem, fala de sua pesquisa, essas coisas Cult que te empolgam por horas: independência do Brasil, dom Pedro I, regência, e sorri porque ama demais o que fala para ficar sério. E todo mundo fala de suas coisas, com suas pessoas, ao mesmo tempo. Mas você fala. E eu só escuto você.
       E eu sei que não sei. E sei que a única certeza que eu tenho aqui, nessa roda de amigos, nesse AGORA é que você está falando de dom Pedro II, golpe de maioridade, mais Cult que te empolgam por horas. E sei que eu queria poder dizer para você o quanto seu sorriso é bonito. A gente não tem certeza de que vai dar certo: eu não tenho certeza de que a gente está junto, separado ou coisa alguma. Sei que gosto desse seu sorriso e dessa sua voz doce. Sei que podia adormecer em você na sua tranqüilidade. Sei também que não gosto quando a Helô ri (aos berros) do que você fala.
       Sei que não quero explicar. Não quero explicar porque gosto do jeito complicado que estamos indo. Esse jeito de cruzar olhares e desviá-los logo depois de se encarar com delicadeza. Um instante de espero que você esteja se divertindo tanto quanto eu’’ para depois achar algo muito interessante na poeira do chão.
       Esse jeito que me dá certeza de que vamos nos abraçar e ter nossos mundos em um abraço e vamos brigar, depois fazer as pazes e os meus livros se empilhando em seus CDs. Vamos nos perguntar como a gente algum dia pôde brigar e dizer que nunca mais iremos nos separar. Nunca mais mesmo. Mesmo. E vamos e ter nossos mundo num abraço e... e... e esse jeito de sorrir enquanto fala, sorriso que seria tímido, mas você não sabe que sorri.
É espontâneo, sabe?
       Isso que a gente tem (o teu sorriso). É espontâneo: surgido em si mesmo, natural, sem máscaras, voluntário. E por isso que eu tenho certeza de que tenho você. Mais do que a Helô tem quando ela berra (ri?), eu tenho você. Tenho os abraços agora nesse momento, neste lugar, nesse sorriso. E só agora.
       Só depois vou continuar tendo você, não sei e não me importa. Até porque, além desse sorriso - esse sorriso de agora - nada mais importa.
Luisa Geisler

Um comentário:

  1. Muito bom o texto. Concordo com essas idéias sobre o sorriso, por isso e muito mais que estou normalmente sorrindo.

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